Reportório do Grupo de Cantares "Os Trovadores"


A escolha do repertório do Grupo de Cantares "Os Trovadores" foi realizada pela equipa de animação sócio cultural da ERPI, tendo sido seleccionadas músicas populares do nosso imaginário infantil.
Reportório do Grupo de Cantares "Os Trovadores"

Lista de músicas do repertório para o biénio 2019/2020:
  • Ai ó Manel
  • A folha da macieira
  • Dobadoira
  • Alargai-vos raparigas
  • Estas é que são as saias
  • Fado
  • Limão
  • Ladrão do meio
  • Margarida Moleira
  • Louça da cantareira
  • Ó Rosa, ó linda Rosa
  • Prima
  • O Talo da Vide chora
  • Maneio
  • Mulher Gorda
  • Malhão

Ai ò Manel

Ai à Manel diz-me cá
Responde meu amorzinho
(bis)

Fala bem olha para cá
Diz-me o que é um
beijinho (bis)

Refrão:
Ai vira que vira
Mas bem viradinho
Meu amor suspira
Por mais um beijinho

Moçoilas em flor
Choram e dão ais
Por beijos de amor
Entre os madrigais

Beijos são elos de amor
Perfumados de alecrim
(bis)

Beijos sempre com ardor
Como os que me destes a
mim (bis)




A folha da macieira

A folha da macieira
Está cheia de buraquinhos
Acudam aos namorados 
Que se matam com
beijinhos (bis)

Refrão
Não era assim,
Assim é que não é
Não era assim, 
Que a menina bate o pé (bis)

A folha da macieira
Tantos buracos que tem
São beijos da namorada
Às escondidas da mãe (bis)

Refrão
A folha da macieira 
D´amarelo cai no chão
Fala-me amor da minha alma
E não digas que não (bis)

Refrão
A folha da macieira
Está comida p´las
formigas
Já não sei que dizer mais
Acabaram-se as cantigas

Refrão


Dobadoira

Esta noite lá na minha
aldeia
Já tudo dormia só eu
namorava (bis)

Ora doba dobadoira doba
Não me enrices a meada (bis)

O novelo ainda está
pequeno
E cabe na mão fechada (bis)

Ora doba dobadoira doba
Não me enrices a meada (bis)
Não cabe na mão fechada
Mas cabe na mão aberta (bis)

Ora doba dobadoira doba
Mantém a meada certa (bis)
Serrador que está
serrando
Leva a serra direitinha (bis)

Ora doba dobadoira doba
Não me acordes a menina (bis)
Esta noite lá na minha
aldeia 
Já tudo dormia só eu ao
luar (bis)

Ora doba dobadoira doba
Que a meada está acabar (bis)

Alargai-vos raparigas
Refrão: 
Alargai-vos raparigas
Que o terreiro não é
estreito (bis)
Quero dar duas voltinhas 
Quero dá-las a meu jeito (bis)

Aqui nesta rua moram
Duas meninas iguais (bis)
Gosto muito da mais velha
Da mais nova muito mais (bis)
Semeei ao pôr da lua
Um baguinho de pimenta
(bis)

Quando ouço a tua falta
Já mais nada me contenta (bis)
Refrão

Da minha casa bem vejo
Quem na minha saia corta
(bis)

Como não chegam à pele
Da saia pouco me importa (bis)

Quem fala de mim quem
fala
Quem fala de mim, quem é?
É algum tamanco velho
Que me não serve no pé (bis)

Refrão


Estas é que são as saias

Anda lá que eu te ajudo
A cantar se eu souber (bis)

Eu não sei o que me
arrisco
Será ao que Deus quiser (bis)

Refrão
Estas é que são as saias
Estas calças é que são
São cantadas e bailadas
Na noite de S. João

A barra da minha saia
Foste tu que a queimaste (bis)
Com a ponta do cigarro
Quando comigo danças-te (bis)

Refrão
O meu amor imonou-se
Por eu ter a saia rota (bis)
Anda cá meu emundado
Que eu ainda cá tenho
outra (bis)

Refrão
Na noite de S. João
Muita pancada levei (bis)
Por causa das alcachofras
Que ao meu amor deitei (bis)


Fado

Pus me a contar as
estrelas
A do norte não contei
Achei-a tão pequenina
Contigo a comparei (bis)
Doze meses tem o ano
Quatro faces tem a lua

Vai onde não faças dano
Q´eu prometo não ser tua (bis)
Se os beijinhos
espigassem
Como espiga o alecrim

Nesse teu rosto menina
Era um perfeito jardim (bis)
Já que estás arrependido

Dalgum bem que me fizeste
Dá-me os beijos q´eu te
dei
Q´eu te dou os que me destes (bis)


Limão

Refrão : 
Ò limão
Ò verde limão
Solteirinha sim
Casadinha não

Ò limão
Ò verde limão
Amor da minha alma
Dá-me a tua mão

Deitei o limão correndo
Da praça ao pelourinho
Quanto mais o limão corre
Mais eu te quero
amorzinho

Refrão

Deitei o limão correndo
À tua porta parou
Se me queres bem ou não
O limão o demonstrou

Refrão

Mandei fazer um barquinho
Da casquinha do limão
P´ra passar o meu amor
Para as margens do jordão


Ladrão do meio

Toma lá cuidado
Com o ladrão do meio (bis)
Ele é jeitosinho 
Mas muito matreiro (bis)

Refrão:
Ladrão rouba, rouba
Se tens de roubar (bis)
Rouba uma menina
Que te saiba amar (bis)

Já cá vai roubada
Já cá vai na mão (bis)
Já cá vai ao lado

Do meu coração
Agora é que eu digo
Não ma roubas não

O ladrão do meio
É bem bonitinho (bis)
Para namorar
Tem belo jeitinho (bis)

Refrão

O ladrão do meio
É alto de mais (bis)
Puseram-lhe o nome
Enxota pardais (bis)

Refrão


Margarida Moleira

Ò Margarida moleira
Dá-me da tua farinha (bis)
Ai, ai, ai que a quero
peneirar

Ai, ai, ai pela nova
peneirinha (bis)

Ò Margarida moleira
Q`é da outra Margarida (bis)
Ai, ai, ai ficou na cama
deitada

Ai, ai, ai a chorar de
arrependimento (bis)

Prometi um cacho de uvas
À margarida moleira (bis)
Ai, ai ai agora já lho
não dou

Ai, ai, ai já me secou a
videira (bis)


Louça da cantareira

A louça da cantareira
Está sempre ao dlim,
dlim, dlim
Assim é o meu amor
Quando está ao pé de mim

Quando está ao pé de mim
Venha cá se faça favor
A louça da cantareira
Está chamando o meu amor

Está chamando o meu amor
Está chamando o meu
benzinho

Quem mais ama, mais
padece
Eu hei-de amar
poucochinho

Eu hei-de amar o luar
Deixar o escuro traidor
Hei-de amar quem quiser
Não te devo nada amor

A louça da cantareira
Está sempre ao dlim,
dlim, dlim
Assim é o meu amor
Quando está ao pé de mim


Ó Rosa, ó linda Rosa

Ó Rosa, ó linda rosa
Ó rosa d´Alexandria (bis)
Tu és a mais linda rosa
Que andava na romaria (bis)

Que andava na romaria
Que andava no arraial (bis)
Ó rosa, ó linda rosa
Ó rosa do roseiral (bis)

A rosa para ser rosa
Há-de ser d´Alexandria (bis)
A moça para ser moça
Há-de chamar-se Maria (bis)

Ó rosa, ó linda rosa,
Onde deixas-te o cheiro? (bis)
Deixei-o na tua cama

Na renda do travesseiro (bis)
Ó rosa, ó linda rosa
Ó rosa tão encarnada (bis)

Tu és a mais linda rosa,
Por estas terras criadas (bis)


Prima

Ó prima, ó rica prima
Ó prima onde moras
Ó prima és tao linda
P´ra que choras

Eu hei-de me ir desta
terra
Segunda-feira ou terça
As saudades que eu levo
Queira deus não adoeça

Ó primo chamas-me prima
Mas eu não te sou nada
Onde foste tu ó primo
Arranjar tal primeirada

Priminho quando te
encontro
É sempre assim variado
Vai bater a outra porta
Que aqui estás despachado
Ó prima abre-me a porta
Que estou com os pés na
geada
Se a porta não queres
abrir
Nem és prima nem és nada


O Talo da Vide chora

O talo da vide chora
Que o cortaram da mãe
Também os meus olhos
choram
Choram não dizem por quem

Refrão:
Chora a videirinha
Ela chora, chora,
Pelo seu amor
Que se vai embora

Chora a videirinha
Deixa-la chorar, 
Pelo seu amor
Que vai embarcar

Ó videira dá-me um cacho
Ó vide dá-me um enleio
Quem namora às escondidas
Está sempre com arreceio

Ó videira dá-me um cacho
Ó cacho dá-me um baguinho
Menina dê-me um abraço,
Que eu lhe darei um
beijinho


Sala dos quatros cantos

A sala dos quatro cantos
Tem o sobrado seguro
(bis)

Por causa da brincadeira 
Sabe deus o que eu aturo
(bis)

Sabe deus o que eu aturo
Já me ralhou minha mãe
(bis)

Brincas tu e brinco eu
Brinca o meu amor também
(bis)

Brinca o meu amor também
Brinca quem tem alegria
(bis)

Na sala dos quatro cantos
Brinca-se de noite e dia (bis)

Brinca-se de noite e dia
Para agarrar o futuro (bis)
A sala dos quatro cantos
Tem o sobrado seguro (bis)


Maneio

Tenho uma blusa branca
E uma saia vermelhinha 
Quero manear a anca
Aos domingos à tardinha

Refrão :
Ai agora é que m´eu
maneio

É que m´eu maneio, é que
me rebolo
Nos braços do meu amor
Agora é que me consolo

Ai agora é que o meu Zé
quer
É que o meu zé quer
É que o meu Zé gosta
Sainha pelo joelho
Cova da perninha à mostra

A minha saia é rodada
É rodada e curtinha
Eu não sou envergonhada
Quero mostrar a perninha

Hei-de amar quem quiser
Vestir o que me convém
Eu já sou uma mulher
Não devo nada a ninguém

Ora dizem mal
Ora dizem mal
Ora dizem mal dos
caçadores

Ora por matarem 
Ora por matarem os
pardais (bis)

Ai os olhos
Os olhos do meu amor
Ainda matam
Ainda matam muitos mais (bis)

Refrão:
Ora ponha aqui,
Ora ponha aqui o seu
pezinho

Ora ponha aqui ao pé do
meu (bis)


Ao tirar

Ao tirar o seu pezinho
Um abraço
Um abraço lhe dou eu (bis)
Ai se a morte

Se a morte se comprasse,
Ai davam contos
Davam contos e milhões (bis)

Mas à morte
Mas à morte ninguém
escapa
Nem fracos
Nem fracos, nem valentes (bis)


Serraninha

Serrana, ò serraninha
Ò prima minha
D´além, d´além (bis)

Sim senhor
Eu da serra sou
Mas bailar não vou
Não tenho com quem (bis)

Serra porque não danças
Ou te cansas
Ou não tens par? (bis)

Sim senhor
Eu da serra sou
Mas bailar não vou
Não tenho vagar (bis)

Serrana se queres dançar
Vai ter ao pomar
Que eu lá irei ter (bis)

Sim senhor
Eu da serra sou
Mas bailar não vou
Mas gosto de ver (bis)


Mulher Gorda

Mulher magra para mim não
me
Convém
Não quero andar na rua 
Com o esqueleto de
ninguém

Mulher gorda para mim não
me 
Convém
Não quero andar na rua 
Com as banhas de ninguém

Ai ai ai ai eu gosto
desta mulher
Quero vê-la ao pé de mim
Beijá-la quando quiser (bis)

Homem magro para mim não
me 
Convém
Não quero andar na rua 
Com o esqueleto de
ninguém

Homem gordo para mim não
me 
Convém
Não quero andar na rua
Com as banhas de ninguém 

Ai ai ai ai eu gosto
deste rapaz
Quero vê-lo ao pé de mim
Beijá-lo não sou capaz (bis)


Malhão

Oh malhão malhão, que vida é a tua (bis)
Comer e beber ao
terrim-terrim passear na rua (bis)

Oh malhão malhão, oh
margaridinha (bis)´
Eras do teu pai, eras do
teu pai mas agora és minha (bis)

Oh malhão malhão tu és do
cartaxo (bis)´
A minha paixão já não
cozem pão na rua de baixo (bis)